sábado, 12 de novembro de 2011

make a move

   Mesmo depois de 7 anos (quando eu "tomei a decisão" que queria morar fora), ainda me sinto assim, com essa sede de mergulhar e vivenciar coisas totalmente novas. E agora com o adendo de ter a possibilidade de ser quem eu quiser, sem me importar em ser julgada por todo mundo. Mesmo por aqueles que fazem sem perceber.
   Sem ter que ser/agir assim ou assado, só por que as pessoas já se acostumaram com esse eu. Que às vezes nem sou eu mesmo. Porque, cara, honestamente isso me deixa exausta.
    Não sei se consigo ser mais clara. O que eu quero dizer é: não importa como eu uso meu cabelo, porque além de estar do outro lado do oceano, ninguém sabia como ele era antes.
    Eu gosto da ideia de poder mudar o que quiser sem ter ninguém pra me questionar. De chegar num lugar totalmente novo, onde eu ainda não fui encaixotada, rotulada e colocada numa prateleira empoeirada. De não deixar de fazer mais nada porque “não condiz com o meu perfil”. Da última vez que chequei, eu ainda era uma pessoa. Totalmente sujeita a mudanças e desvios. Não me lembro de ter a obrigação de seguir um padrão que, droga!, nem fui eu quem definiu.
    Às vezes, surpreender e ser surpreendido faz bem.


3 comentários:

Blanca disse...

tirou as palavras da minha boca se eu estivesse na mesma situação

Gente, mas eu sonho com essas coisas, hein. Falei. De chegar num outro lugar com tudo mudado, de mudar e ninguém me questionar, etc. Porque a gente se sente meio presa. Sempre sente.

Mas é umas das coisas que a gente tem que saber como lidar, acho. è pra vida toda, e pra acabar com isso, só mudando de país de ano em ano.

Como diria o Kurt: "I'm not a box, there are more than four sides to me"

Carô disse...

Um item na minha lista de coisas pra fazer antes de morrer.
Cortar o cabelo, virar loira, mudar totalmente (o visual e o comportamento) e ir morar na Espanha. Ninguém vai saber mesmo...

lari_ disse...

"Às vezes, surpreender e ser surpreendido faz bem." Andou lendo meus pensamentos?

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